
Magdala vem com as ondas do mar, Magdala vai com as ondas do mar, ela baila, ela gira, ela canta e clareia. No amor do mar ela clareia o Caminho para Magdala. Magdala vai e vem cantando o novo Amor de Cristo na Terra. Ponto Sagrado para Myriam de Magdala
Criado a 20 de Março de 2023 em viagem para a celebração da Festa das Flores (Trilho dos Capuchos), o quarteto vocal Magdala é composto pelas cantoras Ana Maria Pinto, Diana Baptista Ferreira, Maria João Machado e Susana Borba Brandão. A vocalidade de Magdala revelou-se em frente ao mar, na praia do Guincho, com as palavras: Axê Yemanjá, odoiá Rainha do Mar, o meu ventre é o meu altar, me permito transbordar, a imensidão é o meu Lar. Este Ponto Sagrado, intuitivamente criado por Maria João Machado, é uma invocação a ambas as Fontes, Yemanjá e Myriam de Magdala, duas faces omniscientes da essência que cria e gera a Vida no mais perfeito movimento. A imensidão é a abertura ao desconhecido, às expressões multiculturais da ancestralidade e às expressões além do tempo/espaço.
A inspiração que move o quarteto é mística e étnica, existindo uma contínua osmose entre o ancestral e o porvir, entre o material e o imaterial. O Canto é no feminino, mas move-se no sentido da integração entre as energias feminina e masculina - Magdalena e Yeshua. O gesto que acompanha a expressão musical é uma contínua invocação à natureza humana que conhece o ponto de conexão entre o céu e a terra. O próprio nome do grupo, escolhido de forma unânime e muito intuitiva, remete ao local de nascimento de Myriam de Magdala, a Magdalena, cujo significado é torre. Magdala é então o ponto de partida e chegada de um caminho em direção à Verdade Interior, mas também a edificação de uma nova estrutura, "o novo Amor de Cristo na Terra".
Magdala encontra no Ponto Sagrado/Canção Oração e no Improviso os géneros musicais que melhor transportam a sua substância: a melodia é simples e facilmente cantada por todos, é profundamente intuitiva e sensitiva. A Rosa Amor acompanha todas as viagens e gestos de Magdala. O seu perfume desvela os segredos da mais pura Beleza.
O modo como os harmónicos vibram na fusão das vozes graves da Maria João e da Diana e das vozes agudas da Susana e da Ana Maria, faz com que exista um sentimento inexplicável na Melodia. A Vontade de cantar e dar a cantar o Sagrado começa no interior deste Som, no seu Mistério. Magdala sente que na sua Voz há uma energia que se gera a si própria para revelar vários Caminhos:
A sincronicidade é a linguagem mais comum em Magdala. Por isso existe continuamente a sensação de consonância com as grandes Leis que regem a natureza e as estrelas. A função do quarteto é a de percepcionar a linguagem da Vida tal qual Ela É, sabendo que toda a instrução/informação necessária para escutar os seus apelos está no Corpo Físico. O Fruir/Deleite é o tradutor desta linguagem vívida, o Fruir inerente ao impulso interno - à mais profunda liberdade. Magdala sabe que para ser fiel a si mesma tem a Missão de ter olhos para ver e ouvidos para escutar, o mesmo que dizer Corpo Inteiro. À Luz de Maria Magdalena - Myriam de Magdala - o Verbo diz-se a Si Mesmo: o Humano torna-se Solar, Radiante e Autêntico - a Palavra dita é Natural - não existe esforço, apenas o Fruir.

No dia 21 de Julho o ensemble Magdala fez a estreia dos Pontos Sagrados para Myriam de Magdala, criados durante a viagem à Gruta de Maria Magdalena (Trilho Sainte Baume), assim como a interpretação dos pontos sagrados mais belos da cultura afro-brasileira que traduz musicalmente as forças da natureza - os orixás.