en-MAGDALA . CONCERTO

30/07/2023

Chegou o dia, o tão aguardado 21 de Julho! A semana tinha começado com uma belíssima Lua Nova em caranguejo, prometendo o abraço profundo da memória ancestral. Magdala canta a água das lembranças que correm nos rios da Terra e sente o impulso, o instinto, a Vontade de chegar à Fonte, à Montanha, à Gruta ... por isso, ela vem do Mar e traz consigo o novo Sal ... "vós sois o sal da Terra..." Magdala sobe o rio e canta a Beleza das margens e do navegar, a diversidade da Vida enche os olhos de Magdala e ela reconhece-o a cada instante: o Paraíso na Terra ... começa no pulsar do seu Coração e expande-se em frondosa Alegria!

O oráculo mostrou a carta dedicada ao concerto: "Guardiões da Terra - não estás sozinha, os teus ancestrais estão ao teu lado". Durante o concerto a intensidade era tal que cada uma das irmãs sentia-se no Pleno Ser ... "Sinto-me Eu". Sentir-se a Si é um dos grandes desígnios de Magdalena, o despertar do Sol, a abertura total do Plexo Solar! 

Até ao ensaio geral houve acertos aqui e acolá: a sequência mais harmoniosa dos pontos sagrados, o casamento com o timelapse das imagens projectadas, as coreografias, tudo foi sendo sentido ao mais ínfimo detalhe! Na terça-feira surgem as orações de Magdala, 6 textos poéticos que acompanham os Pontos Sagrados para Myriam de Magdala, lidos pela amada Sara Velho com a sua sensibilidade e colo maternal tão conectado com a Mãe Terra:

Para lá caminho seguindo o perfume da Rosa ... entro na floresta e subo a Montanha, como quem levita pois é tanto o Amor que sinto, a Evidência do Verde das Copas das árvores é a mesma Evidência da Sua Presença no meu Corpo, no meu peito agiganta-se o Cântico dos Cânticos ... o doce sabor do mais perfeito Toque, aquele que atravessa o visível para ancorar Estrelas e Nebulosas nas pontas dos dedos. Sei-me interestelar enquanto subo e sei-me inteiramente Humana quando entro na Sua gruta, o meu Corpo desfaz-se em centelhas de mil cores para se fundir novamente na Bendita Forma da Inteligência Divina. Escuto o bater das asas da borboleta e presencio o desenhar do Caduceu Alado no meu Ser Dourado, o Princípio e o Fim, o Alfa e o Ómega ... a Chama do Vosso Amor Sagrado, Yeshua e Magdalena.

Enquanto a Ana Maria escreve as orações sente no peito algo muito profundo e misterioso e sente o quão grande é a vontade de as partilhar com as irmãs! elas escutam e sentem o Coração dentro de cada oração e têm a ideia de as imprimir, criando postais! Uma grande felicidade atravesse-as quando veem os postais impressos, são lindos e fiéis à Beleza Pura que se sente no canto de Magdala! A mesinha o foyer tem então os primeiros frutos de oiro de Magdala: as orações, os sacos com o lindíssimo logotipo das Magdala para encomenda e as fragrâncias/essências - as Alquimias Rosa Amor, Rosa Cristal e Rosa Soberana criadas pela Diana! Em formato rollon, cada uma oferece uma experiência diferente, intensa e muito profunda! 

O palco transforma-se num Altar, há Rosas de várias cores, uma orquídea cor-de-rosa, folhas de louro, uma taça com água rodeada de cristais, acente num lindíssimo tecido da Maria João e há pétalas de rosa à entrada do auditório! 

Som, Luz, imagens e equipa de filmagem, está tudo pronto para eternizar este primeiro evento! As quatro irmãs estão na recepção para receber os convidados, a Ana Maria entrega os bilhetes, a Susana encaminha e recebe as pessoas, a Maria João e a Diana estão ao pé da mesinha dando a conhecer os frutos doirados de Magdala. As caras são conhecidas, familiares, amigos muitos coralistas da Novaterra, sente-se mesmo antes de entrar um Coração Gigante a ganhar forma, e é com ele que a Sara Velho faz a apresentação do concerto, com um texto que emocionou imenso todas as irmãs, em especial a Susana que não conseguiu conter um choro profundo. Abraçadas e em profunda comoção sabiam que o Caminho era Aquele! E assim, os tambores arrancam o primeiro instante com a imagem de uma cascata majestosa rodeada pela floresta! As quatro irmãs entram pelas laterais do público, duas de cada lado, sentindo a força de Jurema, os tambores transformam todo o espaço na Floresta que se contempla nas imagens e as vozes são um rasgo do mais profundo verde! Ali, as quatro irmãs são europeias e são índias da Terra e das Estrelas, elas rompem todas as barreiras para trazer à voz a Una Força da Raiz! O seu canto é arrebatador, os rostos ganham a expressão do rugido telúrico, chamam Jurema e o Caboclo, Oxossi e Oxalá até ao mais profundo fôlego! Terminam o primeiro momento com gestos intemporais, gestos da geometria sagrada que habita o Corpo de Luz!

Sente-se a emoção, o impacto do primeiro momento no público e cheias de ânimo e brilho iniciam o segundo momento, cada uma com o seu instrumento e cantam: Madalena, Madalena, você é meu bem querer... ! As vozes sabem a mel e os sorrisos transportam tanta alegria! A primeira parte do concerto é o júbilo e amor-perfeito! Está mesmo a acontecer e correu tudo tão bem! Não houve qualquer tipo de desajuste, nem a Ana Maria se enganou em nenhum acorde (como se costumava enganar nos ensaios) ... foi simples, e foi perfeito! 

O intervalo de 10 minutos passou assim, leve e com os olhos abertos, tão, mas tão abertos, aqueles que vêm que é mesmo Verdade: Magdala Existe e Expressa-se!

A segunda parte é como a chegada de Magdalena a Saintes-Marie-de-la-mer, a subida à Montanha de Saint Baume e a entrada na Gruta de Maria Madalena, há uma solenidade a cada instante, uma intensidade arrebatadora em determinados gestos, Magdala conta as histórias das suas viagens, há arrepios, lágrimas, sente-se a comoção, a libertação, a Rosa Amor! A Sara lê como uma Flor, e sente-se - está aqui, a Consciência Crística, na expressão da uma intenção pura, tão pura quanto possível: 

Ela o Vê, Luz da Luz caminhando sobre as águas. O seu Corpo é Amor Nítido nos elementos que suportam toda a Vida, a Perfeição encontra no seu Olhar a Perfeição de Quem o Olha e por isso Vê-lo é já o Milagre. Ela o Vê e na sua ascensa Liberdade canta trazendo até si o voo de todas as aves ... ao longe vozes fundem-se para tocar a Beleza que dela emana ... Ela que o Vê para dar a Ver a Fonte do Amor Sagrado.

No momento final as quatro irmãs cantam com regojizo e o mais puro prazer de Viver: "eu vou p'ra lá, p'ra Magdala" ... saindo do palco como entraram, com os tambores, abrindo assim os Trilhos Sagrados! O aplauso é efusivo e chama de novo Magdala ao palco que entram abençoando o público: "Muita Luz, muito Amor, no teu Coração." 

As quatro irmãs dizem as últimas palavras no palco agradecendo a todos os presentes, à equipa técnica, à Sara Velho e aos pais de cada irmã que estavam ali presentes: "Gratidão ao meu pai, à minha mãe e a toda a linhagem que me antecede."

O primeiro Trilho Sagrado tem data marcada para 13 de Outubro e sente-se já no Coração o quão intenso e belo será! 


A apresentação da nossa Amada Sara Velho

Boa noite a todas e a todos. Sejam bem-vindos a uma noite muito especial, uma noite que marca a primeira apresentação de Magdala. Será uma noite por si só memorável, não só por nos permitirmos estar aqui hoje, mas por já fazermos parte de uma história que já tem lugar, com o seu primeiro vislumbre para a multidão, neste lugar, com todos os presentes e com o Amor e a Entrega que se sente, tanto na plateia como neste palco. A mim, amiga e irmã de caminho das quatro maravilhosas Mulheres que nos trazem a celebração de hoje, cabe-me, com grande honra, apresentar…

Magdala é Mistério e Criação. Foi-se revelando em viagens a quatro Mulheres, na contemplação, no improviso do canto, na fusão de quatro vozes femininas. Na Fé. Primeiro espontaneamente em frente ao Mar, depois na gruta dos Capuchos e mais tarde na Gruta de Maria Magdalena em Sainte Baume. Durante as viagens surgiam outros encontros, com pessoas, árvores, águas, pedras, sal, papoilas e mel. No Mistério da gruta, que é Ventre, que é Cálice, manifestava-se MAGDALA. Que é abundante e jovial, é canto e oração. Ora se perde nas lágrimas, no riso e na alegria que se manifesta livremente… Ora se encontra. É de agora e ao mesmo tempo chega-nos de muito longe. E revela-se no Mistério do caminho, que é eterno.

Magdala é o Vazio e a Imensidão. Esvazia-se de crenças, ideias, memórias, apegos e emoções. Sente, aqui e agora… no corpo. Confia e enche-se de Vida, de Morte e Renascimento. Em canto e através de corpos femininos, expressa livremente a Força, a Beleza e a Dor, a Coragem, a Alegria e o Amor dos nossos antepassados, de quem está aqui e as de muitas outras pessoas que virão. Traz-nos a integração da energia feminina e da energia masculina, pura. É Homem e Mulher que seguem o coração e a intuição. Traz-nos a união do céu e da terra, da lua e do sol, da água e do fogo, da luz e da sombra. O tudo e o nada. Magdala é Alegria e é Missão. Manifesta-se aqui pelos corpos e as vozes de quatro imensas Mulheres - Ana Maria Pinto, Diana Baptista Ferreira, Maria João Machado e Susana Borba Brandão – que procuram a inteireza que caminha com a espontaneidade de Ser, a sua e de todos e todas que se cruzam no seu caminho… através dos concertos, rituais e trilhos sagrados que apresentam, contagiando quem se aproxima. A apresentação de hoje é um convite a receberem Magdala, a perderem-se e a encontrarem-se na viagem cerimónia que está prestes a começar. E assim chamo Magdala para nos guiar! Um grande aplauso para invocarmos MAGDALA.